“S. Pedro do Sul deveria apostar num circuito de 18 pistas” – Ananias Quintano

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Ananias Quintano durante a cerimónia de encerramento do 1º Europeu de Minigolfe para Surdos

No seguimento dos dois novos espaços de Minigolfe que vão nascer em Portugal, S. Pedro do Sul e Tarouca, estivemos à conversa com Ananias Quintano, Presidente da Federação Portuguesa de Minigolfe, para conhecer a sua opinião sobre os mesmos.

Como vê o aumento na procura de Minigolfe por parte dos Municípios? Sente que está agora a colher os frutos do trabalho desenvolvido pela Federação e Clubes?

Penso que a insistência da Federação, Clubes e da Lusogolfe tem levado as autarquias a apostar na modalidade. Por outro lado, o facto de ser público que muitas Câmaras celebram contratos com a Federação para a realização de provas, pode ser outra explicação.

Apesar da forte aposta, o circuito de Minigolfe de S. Pedro do Sul irá ter apenas seis pistas. Concorda com esta primeira abordagem?

Penso que S. Pedro do Sul, tal como outras autarquias, deveria apostar num circuito que possa vir a ser homologado para provas oficiais (circuito completo de 18 pistas). Se se pretende desenvolver a modalidade no local e até criar algum clube ou mesmo para lazer, é fundamental tentar levar para lá provas oficiais que possam despertar o interesse da população local vendo jogar os melhores atletas nacionais. Só se consegue isso com um circuito completo.

Fazendo o paralelismo com o circuito de 18 pistas que vai ser instalado em Tarouca, considera que este último irá permitir uma melhor abordagem à modalidade?

Pelas razões que invoco na resposta anterior. Poder acolher provas oficiais, que com a presença de atletas de elite irão, certamente, entusiasmar a população local.

Concorda que um circuito homologado oferece à população um divertimento completo, com a possibilidade de formação para os jovens, competições do desporto escolar, bem como eventos como o Minigolf Summit e trazer mais turismo com a organização de provas nacionais e internacionais? Quais considera serem as principais vantagens em relação a um circuito incompleto?

Não vejo qualquer vantagem num circuito incompleto. Em relação ao resto da pergunta, é evidente que concordo.

Jogadores como Amadeu Costa, da Associação Cultural dos Surdos de Águeda, entre outros, têm de se deslocar dezenas de quilómetros até ao Minigolfe da Costa Nova para conseguirem praticar esta modalidade. Sendo Amadeu um residente da zona de S. Pedro do Sul, considera que as seis pistas são suficientes para a prática e treino desta modalidade?

Claro que não são suficientes. Nem para o Amadeu nem para qualquer outro atleta que pratique a modalidade em termos competitivos.

Aproveitamos ainda a oportunidade para saber a opinião do próprio atleta da Associação Cultural dos Surdos de Águeda, Amadeu Costa, que nos disse que ficou na dúvida quando soube que seriam apenas seis pistas ao invés das 18. Para Amadeu “seis pistas não se sabe bem para o que servirá”, aproveitando ainda para realçar o fato de que mesmo para lazer, o reduzido número de pistas irá fazer com que as pessoas tenham de esperar bastante tempo até conseguirem jogar.

 

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